O actual presidente da Federação Académica do Porto (FAP) será reconduzido no cargo. Pedro Barrias concorre sozinho às eleições de 4 de Janeiro do próximo ano. Uma maior aposta na cultura e no apoio à empregabilidade e ao empreendedorismo são as novidades para o segundo mandato de Barrias.

O presidente da FAP, que tomará posse a 11 de Janeiro, concorre sozinho às eleições. Chegou a existir uma intenção de candidatura alternativa, liderada pelo presidente da Associação Académica de Direito da Universidade Católica, Carlos Reis, mas não chegou a ser apresentada. Apesar de ser um mandato de “continuidade”, Barrias destaca a “clara renovação na estrutura da direcção da FAP”.

Em 2007, a cultura deve ser para a federação o que foi o programa FAP Social em 2001. “Até aqui havia iniciativas pontuais”, explica ao JPN. O objectivo é fazer da cultura uma questão “estratégica” para a FAP, que deve criar oportunidades para o acesso dos estudantes à cultura. Roteiros culturais com descontos e a organização de feiras do livro técnico são exemplos de medidas neste domínio.

Quanto à empregabilidade, um tema que “está a começar a ter algum peso no meio estudantil”, Barrias propõe que sejam organizados “workshops” sobre empreendedorismo e que a FAP passe a informar os estudantes sobre programas comunitários sobre o tema.

As bandeiras de política educativa vão depender, em grande parte, das “recomendações da OCDE que forem acatadas pelo Governo”.

Certo é que a vigilância à implementação do Processo de Bolonha, sobretudo no que toca à componente pedagógica, estará na agenda da FAP. A federação alerta para as actuais instalações das faculdades, “pouco adequadas” ao tipo de ensino defendido na Declaração de Bolonha.

Pedro Barrias considera que durante o seu primeiro mandato a FAP “ganhou uma posição de parceria com as entidades governativas”, sendo tida em conta na definição das políticas. “Menos manifestações, mais construção política” é o lema a prosseguir em 2007.

Pedro Rios
prr @ icicom.up.pt
Foto: Arquivo JPN