O Governo paquistanês acredita que o ataque que matou a líder da oposição, Benazir Bhutto, e fez, pelo menos, 16 mortos tem a mão da Al-Qaeda e dos talibãs. Bhutto era uma crítica da violência islamista e já tinha sido ameaçada pela rede terrorista e por militantes pró-talibã.

“Temos provas de que a Al-Qaeda e os talibãs estiveram por detrás do ataque suicida contra Benazir Bhutto”, disse esta sexta-feira o ministro do Interior do Paquistão, Hamid Nawaz, à agência norte-americana Associated Press.

Milhares de pessoas marcaram presença esta sexta-feira no funeral da líder da oposição paquistanesa, Benazir Bhutto, numa vila de Sindh, a província onde nasceu. Bhutto foi assassinada quinta-feira, na cidade de Rawalpindi, durante um comício político.

Violência pós-atentado

As agências de notícias contam que por todo o Paquistão têm-se repetido actos de violência. Houve motins, que fizeram, segundo fontes oficiais, pelo menos 32 mortos (até às 15h00 de Lisboa). Foi ainda ateado fogo na sede da Liga Muçulmana do Paquistão-Quaid (PML-Q) e foi apedrejado um cinema, entre outros actos.

Muitos apoiantes de Bhutto culpam o presidente paquistanês Pervez Musharraf pela morte de Bhutto. Criticam também os Estados Unidos pelo apoio a Musharraf. O presidente norte-americano George W. Bush declarou: “Os Estados Unidos condenam fortemente este acto de cobardia feito por extremistas assassinos que tentam minar a democracia no Paquistão”.