Foi lançado, esta sexta-feira, na estação Campo 24 de Agosto e em Santo Ovídio, respetivamente, o concurso público para a construção da Linha Rosa e para a extensão da Linha Amarela do Metro do Porto.

No caso da Linha Rosa, que deverá estar concluída em 2022, o novo percurso todo subterrâneo vai ligar a estação de São Bento à Casa da Música, com paragens intermédias no Hospital de Santo António e na Praça da Galiza. O desenho das estações vai ficar a cargo dos arquitetos Eduardo Souto Moura e Siza Vieira.

Já o alargamento da Linha Amarela vai ser feito de Santo Ovídio até Vila d’Este, com paragens em Manuel Leão e no Hospital Santos Silva. Está previsto que a empreitada fique concluída em 2021.

A cerimónia oficial começou na estação 24 de Agosto, no Porto, e terminou na estação de Santo Ovídio, em Gaia, depois de toda a comitiva viajar de metro.

A cerimónia oficial começou na estação 24 de Agosto, no Porto, e terminou na estação de Santo Ovídio, em Gaia, depois de toda a comitiva viajar de metro. Foto: José Volta

Investimento de quase 800 milhões para o transporte

O ministro do Ambiente e da Transição Energética, João Pedro Matos Fernandes, lembrou durante a cerimónia que os cerca de 307 milhões de euros para o alargamento da rede não chegam a ser metade do investimento previsto no Programa Nacional de Investimentos para a Área Metropolitana do Porto (AMP).

Matos Fernandes adiantou ainda que, dos 780 milhões de euros direcionados para a AMP, 620 milhões vão ser totalmente investidos na rede de metro. Já os restantes 160 milhões de euros vão servir para a “criação de corredores exclusivos de metrobus”, o transporte que vai fazer a ligação direta de zonas da periferia até às estações de metro.

O primeiro-ministro António Costa argumentou que, para combater os efeitos das alterações climáticas, é preciso mudar o paradigma da mobilidade e é nesse sentido que surgem os investimentos no Metro do Porto. “Uma das prioridades fundamentais para a atividade política nas próximas décadas tem de ser contribuir decisivamente para mitigar e inverter a tendência das alterações climáticas”, disse.

António Costa referiu também os investimentos nos transportes já existentes, como o lançamento do Programa de Apoio à Redução Tarifária. Para o primeiro ministro, “para aumentar a oferta há duas coisas a fazer: alargar a rede e aumentar as composições em circulação”.

Eduardo Vítor Rodrigues e Rui Moreira destacaram o "longo e importante trajeto conjunto" de Porto e Vila Nova de Gaia.

Eduardo Vítor Rodrigues e Rui Moreira destacaram o “longo e importante trajeto conjunto” de Porto e Vila Nova de Gaia. Foto: José Volta

Porto e Gaia num esforço conjunto pelo metro do Porto

Eduardo Vítor Rodrigues, presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, apresentou a Linha Rosa salientando a importância da nova extensão. “É tempo de deitar mãos à obra, é tempo de resolver os problemas que temos nas nossas cidades e de garantir que elas são mais confortáveis, mais amigas, mais interessantes, mais acessíveis a todos, e o Metro do Porto tem essas grandes características”.

No Porto, o Metro não sofria alterações há mais de cinco anos. Segundo Rui Moreira, a extensão vem resolver vários problemas como o trânsito central, a mobilidade e a ligação de vários pólos hospitalares e universitários na cidade.

Artigo editado por César Castro