Ivo Santos toma posse a 10 de Janeiro como presidente da Federação Académica do Porto (FAP). O aluno do Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), actual vice-presidente da federação, era o único candidato às eleições que decorreram quinta-feira.

Foi eleito com 19 votos favoráveis das 26 associações de estudantes que compõem a FAP. Registaram-se um voto em branco e seis abstenções.

O estudante promete uma estratégia de continuidade face aos dois mandatos de Pedro Barrias, actual presidente da FAP, e “dotar a federação de um conjunto de ferramentas que garantam a sua sustentabilidade financeira”, que passam por uma reorganização interna.

Ivo Santos realça que Pedro Barrias conseguiu acertar as contas da FAP. O objectivo, agora, é fazer com que a estrutura continue a ser vista como uma “entidade de respeito e bom nome” e assegurar uma “representatividade estudantil eficaz”, no contexto do novo regime jurídico do ensino superior (RJIES), que a FAP apoiou, apesar de considerar que retira voz aos estudantes nos órgãos de gestão das instituições.

A equipa de Ivo Santos

Para além de Ivo Santos, foram eleitos Raquel Teixeira, aluna da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, para presidente da mesa da assembleia-geral, e Daniel Branco (de Ciências da Nutrição, da mesma universidade), que vai presidir ao conselho fiscal.

Como já tinha adiantado em entrevista ao JPN, enquanto candidato único às eleições, a prioridade vai mais para o diálogo com o Governo do que a contestação nas ruas. Essa “será sempre a última medida”, explica o novo líder, que quer “criar um conjunto de parcerias [com o Executivo ou com privados] em que a FAP seja uma entidade de mérito”, com vista à “elaboração de diplomas legais e projectos”.

Outros objectivos do novo presidente são promover a qualidade de vida dos estudantes, defender mais e melhores equipamentos desportivos na academia do Porto, valorizar as instalações da FAP, e concretizar o projecto do Pólo Zero, um espaço com serviços para estudantes, que deve ficar na Praça de Lisboa, no Porto.