Sejam mais ou menos populares, nos festivais de verão variedade não falta. O JPN selecionou sete festivais aos quais dedica uma página individual, na qual reportamos a composição dos cartazes, as modalidades de preços e os principais fatores distintivos do evento.

Primeiras confirmações

Falta menos de meio ano para que a música comece a tocar e a loucura regresse aos palcos nacionais. Muitos são os nomes já avançados, com o Alive a liderar a lista dos festivais que mais revelaram sobre o cartaz final. Há já quase duas dezenas de artistas confirmados. Os Arcade Fire estão entre os mais recentes.

O Rock in Rio, que é o primeiro dos sete a arrancar, também já levantou o pano sobre parte do cartaz. Há já sete confirmações. Entre elas os The Hollywood Vampires, com Johnny Deep.

Ainda em Lisboa, há Super Bock Super Rock para ver no Parque das Nações. The National, Bloc Party e Kendrick Lamar são presenças garantidas.

A Sul, haverá Sudoeste, mas só em agosto. Talvez por isso ainda só haja três confirmações.

No Norte, o Porto recebe em junho o Primavera Sound e Gaia acolhe em julho o Marés Vivas. Até aqui sabe-se que vão passar pelo Porto e por Vila Nova de Gaia dois nomes históricos da composição musical: Brian Wilson, fundador dos Beach Boys, vai ao Primavera e sir Elton John marcará presença no Marés.

A fechar o ciclo, já com agosto adiantado, chega Paredes de Coura. Os LCD Soundsystem são para já a primeira e única confirmação.

A renovada importância dos festivais

A crise da indústria discográfica, acompanhada de um acesso mais facilitado às músicas pela Internet, suscitou um novo modelo de negócio. Os artistas tiveram de apostar em turnés.

De resto, os festivais traduzem uma nova relação com a música. Segundo Martin Elbourne, criador do festival de Glastonbury, “os festivais de música deixaram de ser contraculturais, eles são a cultura”. A prova disso é o gradual crescimento que têm registado.

Em particular, a indústria portuguesa da música ao vivo continua a desafiar os países europeus mais desenvolvidos. Os artistas confirmados e os lucros obtidos em edições anteriores justificam o elevado investimento.  A indústria hoteleira e de restauração lucram. O turismo urbano e rural, de origem nacional e estrangeira, é incrementado.

A afluência de público internacional tem crescido de forma gradual nos últimos anos, destacando o nome de Portugal nos principais roteiros internacionais. Veja-se o número de estrangeiros em festivais como o Alive, em Lisboa – 15 mil estrangeiros em 2014, segundo um estudo do ISCSP – ou o Primavera Sound, no Porto.

As nacionalidades dos turistas variam, mas estima-se que haja pelo menos 53 nacionalidades diferentes em território nacional nestas épocas. O clima e o preço atrativo dos festivais são as principais vantagens em comparação com outros países anfitriões de festivais de grande envergadura.

Chegou a hora de esquecer os costumes enfadonhos e alienar o tédio consentido no quotidiano. Há que aproveitar a amizade e experimentar aquele lado mais despreocupado. Tal como afirma Raul Seixas, estrela de rock do Brasil, “a arte de ser louco é jamais cometer a loucura de ser um sujeito normal”. Só se vive uma vez. Mas se aproveitarmos ao máximo, uma vez pode ser suficiente.

As páginas que o JPN preparou

Rock in Rio Lisboa
NOS Primavera Sound
NOS Alive
MEO Marés Vivas
Super Bock Super Rock
MEO Sudoeste
Vodafone Paredes de Coura
E mais seis festivais a não perder

E ainda uma radiografia em infografia

Textos, pesquisa e infografia: Alunos das turmas 3, 4 e 5 do 2º ano de Ciências da Comunicação da Universidade do Porto.
Edição: Filipa Silva