Já é conhecida a primeira sentença do julgamento dos militares americanos que torturaram reclusos iraquianos, a decorrer em Bagdad. Ao soldado Jeremy Sivits foi hoje aplicada a pena máxima prevista, depois de ter sido considerado culpado de abuso de prisioneiros no Iraque. É o primeiro de sete militares a ser julgado em tribunal marcial.

Jeremy, entre lágrimas, pediu desculpa “ao povo iraquiano e àqueles detidos”. Acrescentou que devia ter protegido “os prisioneiros e não fotografá-los”.

Além de se ter declarado culpado, admitiu o incumprimento do dever de proteger os detidos de abusos e sujeição a crueldade e maus-tratos.

Sivits contou que obrigou um prisioneiro a subir para uma pilha de reclusos nus estendidos no chão. De seguida, fotografou o cabo norte-americano Charles Graner, guarda da prisão, ajoelhado junto da “pirâmide humana”. Segundo a Reuters, o soldado disse que quer permanecer no exército e que ama a bandeira americana.

Andreia Abreu

O JornalismoPortoNet contextualiza-lhe os factos e mostra-lhe a opinião de especialistas.

Peças:

  As fotos da polémica
  Abu Ghraib: "nem tudo o que veio a lume é passível de ser considerado crime"
  Prisioneiros iraquianos vítimas abusos
  Direitos humanos violados no Iraque
  Iraque: Abusos em Abu Ghraib “não são um caso isolado”
  Soldado das fotos diz que cumpriu ordens
  Iraque: Abusos são crimes de guerra
  “Qualquer pessoa pode ser um repórter fotográfico, mas…”
  Iraque: Rumsfeld e Meyers surpreendem Bagdad
  Cargo de Rumsfeld ameaçado
  Fotografias do Daily Mirror são falsas
  "Caso lamentável"
  Soldados britânicos mataram civis no Iraque
Ana Correia Costa
Andreia Abreu
Carla Gonçalves
Germano Oliveira

Foto: AP